segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Sangue no Olho!

Tatuado, sonolento, ressaqueado e bem atrasado, vai aí mais um pouco do blog mais leve da internet. Muito tempo passou desde o último post, muitas idéias, conversas, reflexões e conclusões surgiram para o Magrão. Nas palavras que seguem, tentarei falar um pouco sobre a “profissão dj” e como andam as coisas pela cena na Hell City.
Nos últimos tempos, estive bem próximo dos produtores e músicos da cena independente da nossa capital, e lá, pude ver que glamour, estrelismo e pagação de pau não fazem parte da realidade de nenhum dos grandes músicos da capital. Também vi que muuuuito trabalho nas diversas esferas da cadeia produtiva do meio artístico torna-se essencial para a sustentabilidade e para a difusão da arte. Prova disso: os espaço-cubistas, gente-finíssimas do Macaco Bong tiveram seu primeiro disco eleito o disco do ano pela revista Rolling Stone ( éééé meu amigo, pra quem não conhece, eles são aqueles malucões que trampavam no bar da Casa fora do Eixo, que limpavam o chão, que escutavam desaforo da playboizada mau-educada e das cocotas sem noção).
Agora vamos tentar adaptar o discurso desse pessoal para a realidade da galera das cabines e dos promoters que bebem pra caralho durante o trabalho.
De um tempos pra cá, podemos ver o surgimento de djs a todo instante. Qualquer Jão com E-mule e Virtual DJ sente-se capaz de segurar uma pista, agradar todo mundo e fazer geral dançar. DOCE ILUSÃO. Além da facilidade aparente da discotecagem, outro fator que ajuda ainda mais é que promoters, donos de clubs e afins não estão nem aí pra isso.

E como pode ser feito Magrão!?

Como disse, nosso cenário não comporta um cara bonitão que só discoteca ( aliás, comporta... mas não deveria!). Enquanto uma porrada de djs toca, produz eventos, escreve em blogs, fomenta os fóruns online, faz vídeos, debate, se interessa, interage, conecta-se com cenários de outros lugares, outros só fazem um DJ set de merda recheado de hits, e tornam a nobre profissão de DJ uma presepada! Foi-se o tempo que o artista deveria focar-se somente em sua arte, ter tempo livre pra criar, esperar sentado na sala de casa por inspiração. Como já diz a galera do Espaço Cubo: Artista Igual Pedreiro!
É “emputecedor” ver djs que tocam com o picth marcado e que não sabem nem qual lado devem partir a jaca ter residência garantida em um club como a Lótus. E o pior, lê-se no release desse pessoal: “introduzindo o house por todo o estado”, “carisma e felling são suas principais características”. Pô pessoal, ninguém aqui é otário né! A distância entre a palavra e a ação – para esse tipo de gente - é enooooooooorme!

Mas porquê acontece isso, Magrão?

Por causa a banalização da profissão, da palhaçada que rola por trás das principais cabines por aí, pelo público que só quer sair de casa pra encher a cara e que satisfaz seu pseuso bom gosto com um som de MIERDA.

Resumindo!
Trabaaaaaaaaaaaaaalha, neguinho!

Serviço:

1 – Tá dado o recado aos promoters. Olhem para os lados, vejam o que acontece, vocês são promoters, não descobridores de talentos. Assim como tudo na vida, o plantio de bons frutos garantem uma ótima colheita. Fácil de entender, neah!?
2 – Quem só quer tocar não merece espaço... Enquanto uns trabalham e plantam, uma meia dúzia de OTÁRIOS colhe e leva a fama.
3 – RAMAMOOO, não tinha cabeça mas tinha três cú! (sentiram o sentido dos três O)
4 - Parabéns à galera do Cubo. Pablo, Ynaiã, Ney, Kayapy e todo mundo que faz das tripas coração, do almoço miojo e do lanche um Malboro. Botaram pra foder, heim!
5 – Magrão está aberto a debates, comentem, opinem!
6 – Obrigado aos amigos que debateram e conversaram comigo, foi dessa forma que cheguei a essas conclusões.


Lucas aka Gorduraz!
O língua solta da cena!
 
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