terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

O Fim do DJ Gorduraz

O tempo passa e as coisas mudam. O que era novo torna-se velho, o legal torna-se chato, o essencial torna-se desprezível, e as soluções tornam-se problemas. A vida é assim: um vai-vem de sentimentos, emoções, relações, e amizades que o tempo mostra o quanto valem!
De uns meses pra cá, Magrão viu seus dias se tornarem cheio de tarefas importantes e indispensáveis para a evolução de um homem: trabalho, família, música, estudo e outras cositas más. Nessas horas, a vida ( e a mãe ) pedem foco, firmeza e cabeça no lugar. Inevitávelmente, coisas devem ser deixadas para trás para que novas venham, grilos intermináveis e altamente embaraçosos surgem na Magra cachola, fazendo com que decisões importantes sejam tomadas ( certas ou erradas, não sei! ).
Onde Magriça que chegar falando desse jeito, porra!?
É camarada, o impoluto escritor desse blog deixa para trás a carreira do DJ Gorduraz, e também abandona as articulações e expeculações que envolvem o mundo da música eletrônica!
Para uns uma perda, para outros um alívio. Para mim, uma mixagem levemente sambada entre tristeza e alegria, mas sem abaixar a cabeça nem abalar o semblante pra não deixar a pista perceber!
Desde que comecei a participar da cena cuiabana, tive muitas alegrias e decepções. Dei muitas bolas fora mas também fiz gols de placa. Arranquei gritos da pistinha frenética mas também sambei. Conheci gente legal e gente chata. Fiz bons contatos mas também fui passado pra trás. Passei por finais de semana intermináveis e chorei de deprê na segunda-feira. Falei coisas pra quem não devia e escutei muita asneira de neguinho non sense. Ganhei, perdi, dancei, ri, fiz rir, me arrependi, não me arrependi!
Então é isso pessoal, fico por aqui com essa choradeira! Mas a cabeça tá erguida e a bola vai pra frente!


Serviço:
1 – Uma lágrima teimara em cair no fim do post;
2 – Foi o texto mais difícil desde o começo do blog
3 – Obrigado ao pessoal legal, e um “some daqui safado” pros pelassaco;
4 – Como tô caindo fora da gang do tunts-tunts, não sei o que será do blog.


Lucas aka Gorduraz
O “vai com Deus meu filho” da cena.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

E a porta se abriu!

Motivado pela votação de Melhor noite de 2009 que está rolando do blog Factóide!, Magrão escreverá uma trilogia sobre a baladinha underground mais legal da Hell City. Cada capítulo, contará a saga de uma temporada. Vamos ver se ele consegue tocar seu coraçãozinho e garantir mais um voto nesse importante páreo!
Tudo começou com um show do Montage que rolou lá na Casa Fora do Eixo em meados de 2007. O gestor cultural do Espaço cubo, Pablo Capilé, trocou uma idéia com Cleiton Araújo, e falou sobre a possibilidade de criar uma noite semanal de música eletrônica naquele lugar. Após alguns contatos, mano Cleiton chamou Pedro Nogueira aka Pepa e disse: “ Pepa, bóra fazer uma baladinha marota lá na Casa Fora do eixo, lance underground, a gente chama uma galera de outros lugares pra tocar e movimenta a cena”. Lembrando que nessa época vertentes com o techno e o house estavam sendo sufocadas pela momentânea onda do Psytrance.




No princípio, as noites eram semanais e aconteciam as sextas, e pra deixar a coisa mais legal, a primeira foi no dia 13. Iahul! Com o line-up composto só por djs locais, as noites demonstravam que o projeto se tornaria algo interessante. Cada noite possuía características únicas, muitas coisas eram feitas no improviso e de última hora. Improviso esse que numa bela noite rendeu um palco recheado de televisões de diversos tamanhos, inesquecível.
Como a Casa Fora do Eixo nunca havia recepcionado o público cativo do tunts-tunts, as duas ou três primeiras noites foram empoeiradas. A quantia excessiva de freqüências graves num volume muito alto, faziam a estrutura toda tremer, e a poeira que estava no forro deu o ar da graça na pista, ou seja, todo mundo chegou em casa com o couro cabeludo preto e com o nariz cheio de tatu, e dos pretos. Rs rs rs.



Nessa época, quem encabeçava o projeto era o Cleiton e o Pepa, além do pessoal do Espaço Cubo que fazia parte do staff que trabalhava na casa. De forma coadjuvante, Angela Viganó, Atila Lima, Lucas aka Gorduraz, Paloma Okamura, Polly, Faraz e Vitor Goes também faziam parte do movimento. Pronto! A Underlab caiu na graça da galera, está na hora de começar a trazer artistas de fora! E o escolhido fooooi, Amnesia de Brasília. Além do set na Underlab, o cara também deu um workshop de produção musical lá no MISC, que abriu novos horizontes aos aspirantes a produtores. (É nêgo, o negocio não é só bombação de pista não, rs). Depois dele, vieram Komka, e em parceria com Gustavo Bongiolo, André Maggi e Rodrigo Novaes, Renato Ratier e Julião.
Certa noite, de repenteMEEENTE, surge na caixinha preta, nada mais nada menos do que ele, o canhoto mais influente do rock brasileiro, Edgar Scandurra! É camarada, o cara já fez um set na Underlab, tá pensando que é brincadeira, tá!?
Várias edições aconteceram, umas cheias outras nem tanto, umas legais e outras nem tanto. Um montão de djs locais tocou por lá, um montão de gente foi pra conhecer e gostou, ou não.



O ano chegava ao final e o público crescia a cada edição. O verão chegou, todo mundo viajou e a Underlab entrou em férias coletivas!

Aguarde cenas do próximo capítulo!
A primeira parte da trilogia underlébica fica por aqui.
Se você tem vídeos, fotos ou fatos sobre a Underlab, deixe nos comentários ou mande para lucas@mercattocomunicacao.com.br

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Vira e Mexe

Comportado do fds, vai aí mais um pouco do blog mais leve da internet! Atendendo ao pedido feito nos comentários do post anterior, Magricelão escreverá sobre o que é ser V.I.P. ! Uma breve compilação de dados empíricos, fatos corriqueiros, e sentimentos reais vividos por esse corpo esguio que Deus me deu.
No tio Wikipedia, a descrição de V.I.P. é algo em torno de “pessoas com privilégios”, no Houaiss, “pessoa de grande influência e prestígio”, “sigla de very important person – pessoa muito importante.” Isso aí é na teoria, nego! Nesse mundão véio sem porteira é diferente, logo, na tórrida Hell City também.
Pra quem o é, V.I.P. é pose, elegância, superioridade, conforto, dança dos ombinhos sensuais, azaração com as cocotas, champa no baldinho e mais um monte de frescura pra pagar de perua de novela das 8, ou de malandrão da academia. Nos últimos tempos, as festas da nossa cidade foram invadidas por espaços destinados a esse tipo de público, que além de gastar uma nota preta em fitinhas e camarotes, enche o pé de cana e estampa um sorriso sincero na cara do dono do bar. rs.
Com o passar do tempo, a busca por soluções para a sustentabilidade, fez com que os promoters encontrassem formas de arrecadar mais com as festas, ao passo que o público diminuía. Então, uma lâmpada acendeu-se na cabeça de alguém, e após a luz, uma voz ao fundo disse: “ Nêgo, porque tu não monta tipo uma área V.I.P.! Pensa bem, tem uma galera que frequenta as reives, que não gosta de ficar esperando horas na fila, sente vergonha alheia ao estar do lado de algum entusiasta do rebolation, e que se sente melhor e mais bonito quando está num lugar privilegiado, de preferência um pouquinho acima da pista pra dar aquele ar de superioridade.” Pronto, maldito safado que acendeu essa porra dessa lâmpada! Hahahahaha!!!
Com o passar do tempo essas “ Áreas VIPS” tomaram conta da cena, qualquer festinha despretensiosa conta com um local exclusivo, para pessoas exclusivas. Ahn!? Cadê que eu nunca vi!? É ué, aquele lugar lá onde os playbas e as cocotas ficam amontoados, ao som de algum P.A. improvisado ( o som é melhor na pista, obviaMENTE), onde a fila é maior pro bar e pros banheiros, e onde vira e mexa ( mais vira do que mexe) rola alguma presepada, enfim, de exclusivo não tem porra nenhuma! Qualquer 20 ou 30 pila a mais você consegue uma fitinha, e já faz parte dessa segregação infame!
Mas de vez em quando gosto de dar um role na Área Vip, uma encochadinha naquele vestidinho apertado, pegar gelo do balde do amiguinho, fazer a dança dos ombrinhos sensuais pras minas metidas, enfim, fazer o social! AHAHAHAHAHAHAHA!

VIVA A PISTA DE DANÇA, deixa o pessoal do camarote se amontoar enquanto a pista ferve e o pessoal se esbalda com o som! IAHUL!


Por essa semana é só!




Serviço
1 – Chico na vitrola e cia, estão entre as melhores coisas entre o céu e a terra.
2 - O lance é meta, foco e trabalho!
3 – A Underlab que contou com Gabriel Boni, está concorrendo a Melhor noite de 2009 no Factóide http://factoide.wordpress.com/2010/01/07/enquete-melhor-noite-de-2009-cuiaba/#more-9400 . Acesse e vote, a gente merece e a balada foi realmente fodástica! O projeto surpreendeu geral, e mostrou que Pepa, Cleiton Araújo, Vitor Goes e eu ( conhecido pela alcunha de Gordura) ralamos, crescemos, e fazemos ela cada dia melhor.
4 – Entra no www.carpatia.wordpress.com
5 – Com o link do nº 3, Magrão prova que não sabe fazer aquelas coisinhas tipo, para votar clique aqui!



Sem mais
Lucas aka Gordura
O Motivadão da cena!

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Corra que a fila anda, ou não!

Um dia desses, minha magra amiga tatuada com duas flores de lótus na bela cinturinha me disse: Gordura, faz um post sobre as filas! Como pedido de mina gata é uma ordem, aí está! Atenção garotas, não folguem! Não crio posts por encomenda, mas dependendo da proposta, revejo.

Nas linhas que seguem darei alguns depoimentos pessoais e explanarei sobre o alinhamento de uma série de indivíduos em sequência, de modo que um esteja exatamente atrás do outro, a famosa e mal-quista FILA!

Todo lugar que a pessoa vai é aquela história: no banco, no McDonalds, na balada, no mercado, na lotérica e se bobear até no motel. Pessoas, carros, motos, malucos e normais enfileirados, esperando a competência, ou boa vontade da pessoa que está em seu começo com cara de busanfa, como se estivesse fazendo um favor praqueles que nela estão.

Magrão já desistiu de entrar em alguma balada por que perdeu a paciência, e olha que são poucos lugares que preciso encará-la como todo mundo, heim ( rsrrsrsrsrsrsrsrsrsrsrs, falou a versão: Magriça V.I.P.)

Acho que a primeira fila da humanidade foi assim: a primeira puta – a prostituição é uma das profissões mais antigas da existência – estava com a agenda lotada, e os promíscuos famintos por sexo pago aglomeraram-se de forma ordenada, para que pudessem ter seus desejos atendidos, logicameeeeente que por ordem de chegada, afinal, ninguém quer comer sobra dos outros!

Aqui na Hell City as filas são sinônimo de desrespeito, falta de educação e presepadas sem fim. Sempre tem um playboy escroto que passa trombando sem pedir licença, e muito menos desculpa. Dá pra imaginar um gigantão barrigudo e bombado, com uma camisetinha “P”, dando um chega pra lá ni Magriça, num dá! Também rola aquela cocota fanfarrona, montada na maquiagem e no vestidinho de grife chique no MT e podre no RJ, que já tomou 3 tacinhas de champagne pseudo glamuroso, com modos de “ zagueiro do time feminino do Mixto”, passando e olhando pra mim com aquela cara de “ olha isso, ele tá de all-star e camiseta, hihihi”. Essas são as que derrubam bebida nos amiguinhos. Lembrando que as palavrinhas mágicas: por favor, com licença e desculpa ainda não chegaram por aqui, muito menos são ensinadas nas escolas e casas! Ahh, também rolam os malandrões da fila V.I.P., aquele sujeito suuuper esperto que entra na fila pequenininha, faz cara de “ pRayboy” – porque não a tem - fica lá dando uma de gááánso e pimba, tá dentro!

Quando tenho que pegar o “rabo da bicha” – calma, isso é fim da fila no português lusitano – vários grilos passam pela minha cabeça: tipo, será que dou uma de malandro e já colo na entrada!? Será que vou ali com aquele conhecido pra não precisar entrar no final!? Será que espero ou vazo!? Cada fila é uma vida diferente, sentimentos diferentes e acontecimentos surpreendentes!

Acho que é isso, já destilei meu ódio e minha revolta!

Agora é hora de você contar algum “causo”. Vá pra sessão de comentários e entre na fila! rs

Serviço:

1 – O réveillon na Bia foi tudibão! Bão mesmo!

2 – Feriado prolongado na Chapada, regado a muita neblina, chuva e ótima companhia. Perfeito para recarregar as energias e começar bem o ano! Obrigado Simmy!!!

3 – Magrão quase perde o limite, mas jamais perde o respeito! AuAu

4 – Onde já se viu um réveillon na Chapada sem after!? Esse mundo tá perdido mesmo!

Lucas aka Gordura

O set low BPM da cena

 
Forensic Accounting
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