segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Paradiso 55 @ Chapada dos Guimarães

Final de semana na Chapada é sempre uma beleza! Subi o paredão na noite de sexta, cansado após uma viagem de 410km pelo interior do estado. Como sempre, a brisa que começa a aparecer logo na primeira subida da estrada levou meu cansaço para bem longe e aumentou ainda mais minha magra satisfação. Recepcionado pelos queridos Adriano e Lorena no Morro dos Ventos, enchi a magra pansola de muito bauru com tomate e orégano e fui dormir. Após uma sensacional noite no climinha chapadense acordei com toda a pilha possível, esperando por aquilo que – disseram por aí- seria a melhor festa do ano. Vamos logo ao que nos interessa e deixar com essa lenga-lenga. Contarei para os amiguinhos que freqüentam o blog mais leve da internet o que achei da PARADISO 55.
Ao entrar no estacionamento: SATISFAÇÃO! Relembrei momentos muito felizes vividos naquele lugar, o que aumentou ainda mais minha ansiedade pra entrar logo na festa. Sem nenhuma fila na porta, entrei rapidamente no novo espaço Lagoa das Conchas que, diga-se de passagem, ficou IRADO. Quando entrei, as pick-ups estavam sob o comando do Giovani, que fez um set pesado para a hora. Depois dele, o alemão Frank Kusserow caiu de pára-quedas e fez um set bem ruim, a sutileza nas mixagem passou bem longe dali. Não bastava isso, um cd que ele tocava deu a famosa travada, mas não contente, foi tentar tocar o mesmo cd em outra CDJ, adivinhe o que aconteceu?! O cd travou novamente, hahahahaha! Depois dele entrou Anthony Rother, novamente outro DJ que cai de pára-quedas numa cena que evolui pra outros lados, não o electro. O cara realmente é uma lenda, pode ir na festa que quiser e tocar o que bem entender, maaaas isso não é garatina de pista bombada, afinal, o dancefloor da festa tava mais pra velório e o camarote pra estação de ônibus em hora de pico.
Ficam aqui meus comentários sobre as atrações, meu saco acabou e fui embora antes do gringo acabar de tocar, assim não assisti o Jairo, Magreen e Faraz. Pois é pessoal, a cena de música eletrônica de Cuiabá não nos dá mais festas como antigamente! Há dois ou três anos era normal prestigiarmos eventos com público de mais de 3000 pessoas, pistas bombantes e gritantes, rechadas de gente bonita e que gostava do que estava vendo. Atualmente a coisa está toda bagunçada, camarotes são responsáveis pela segregação social de um movimento que prega a união entre as pessoas. Camarote esse que no fim das contas acaba uma merda né pessoal, não sei se a galera percebeu, mas as 6 horas da matina todos os seguranças da pista abandonam seu trabalho e deixaram tudo ao relento, assim, a entrada do camarote estava livre. Sinceramente não entendo isso. Mó galera paga 70 pilas pra ter um pouco de descrição e sossego, mas no final das contas todo mundo entra e vira uma bagunça daquelas. Devem achar que o público é trouxa e que depois de umas e outras ninguém ta aí pra nada! Não é bem por aí, não que não me divirta degustando umas e outras, mas não é por isso que perco meu senso crítico e meu bom-gosto. Apesar do preço exorbitante das bebidas no bar ( um litro de vódega Smirnoff custar 120 conto é demais, 500% de lucro é surreal e não faz parte de nenhuma realidade), ele estava funcionando direitinho, e o pessoal do atendimento era bacana!
Fica aí o post mais indignado até agora!


Serviço:
1 – O público não é otário, aliás, eu não sou!
2 - White-Horse é demais pra minha cabeça.
3 – Dagoberto comandando a estrutura de som é liiiindo!
4 – Uma tristeza as chácaras na estrada de chapada não posuírem uma estrutura de energia elétrica suficiente para nossa realidade, hahahahaha.
5 – Promoters de plantão, agora é hora de buscar novas alternativas pruma cena que ao invés de evoluir e chamar mais público, diminui a cada festa!





4 comentários:

Anônimo disse...

ainda bem que nao fui!

Anônimo disse...

eu troco o "ainda bem que não fui" do mané aih do outro coments por um "pena que não fui" pra dar algumas risadas com esse magrelo velho de guerra .. e diante desses abusos que (se pah) esgotam nossa paciência ajudar, pelo menos, ajudar a quebrar tudo hahaha

te cuida Lucas, Lukid, Gorduraz, Magro, ou seja lá como essa juventude de hoje em dia (vai entender) te chama .. abração

Vinícius Dal Bem

(ps: ahh, não sei se tu trabalha com vídeos ainda, mas como dei altas gargalhadas com aquele mosquito da dengue .. então entra lá em www.ideiasbizarras.globo.com e dê uma espiada no vídeo vencedor do mês de agosto .. talvez te retribuia um que outro mostrar de dentes)

p. mitiko disse...

olha, o lugar realmente ficou liiindo, a entrada sem fila também ficou liiiindo hahaha me diverti muito, mas quando tava indo embora, o acontecido acabou com a minha onda!! ver todas as minhas coisas jogadas por todo o carro! esse povo hoje em dia quer lucr de qualquer jeeeitoo e o povo troxa ainda paga (ainda bem que pepa não pagou hahahaha) mas vamos combinar, cobrar estacionamento se nem tem segurança por lá? TEM QUE PAGAR TODO O NOSSO PREJUÍZO MESMO!
portanto, não gostei da festa. rum...
o after foi beeeem mais legal! (;

Felipe Melo disse...

Bem, eu concordo com o 1º post. E eu não sou mané! Muito pelo contrário, sensato. Sintetizando o que o Magro disse, a mesmice tá morando aqui a algum tempo e eu conto nos dedos de uma mão as festas que realmente valeram a pena em Cuiabá. Imagina só o trampo que é subir pra Chapada, bancar, rango, transporte (pra quem tem carro), estadia (porque a maioria das pessoas não uma casa (chácara, xalé, barraco, enfim...) próprio na cidade e tudo mais. Depois desse trampo imagine-se no lugar da pessoa que é lesada por um furto em um local que, supostamente, era pra ser seguro porque você além de pagar o ingresso, que já tem um preço considerável, você ainda pagou o estacionamento. O lance dos camarotes todo mundo tá crente de saber que é sempre a mesma coisa: você paga pra ter um ''diferencial'' por pouquíssimo tempo, porque de manhã, com certeza a coisa já não vai mais estar funcionando. Tirando o principal: as atrações! Depois de uma festa eu pergunto pra quem realmente entende da coisa... perguntar pra nego frito que vai pra festa pra morder a nuca num rola. Se o Lucas tá falando que o Tio Rother e o alemão num fizeram o que eles vieram aqui pra fazer, broder, tchau e bença. Se for pra escutar samba e electro, eu mesmo faço! Apesar d'eu já não tocar mais electro...vamos substituir pelo tech house, ok?


Ps.: Eu mesmo coloquei 24 pessoas dentro da festa (vendendo infressos, antes de mais nada...) e torci muito por ela. Agora, se a falta de comprometimento e respeito da organização falha em relação ao público, paciência.

 
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